Entrevista com a Foison: Naty Costa
Naty é uma super empreendedora. Além da venda de produtos em sua loja, investe também na realização de vários cursos de papelaria personalizada e na produção de vídeos no canal do youtube “Artes e Tal” com passo a passo e outras dicas para quem trabalha na área, além de ter promovido o maior evento de papelaria personalizada do Brasil, o Congresso Papelando.
Aqui na Foison, nós tivemos o prazer de realizar uma entrevista super legal com ela sobre Empreendedorismo, Produção de conteúdo educacional, e claro, a importância da Plotter Profissional na Papelaria Personalizada.
FOISON: Como surgiu o interesse por papelaria personalizada? E desde quando atua no mercado? Como foram os primeiros anos?
NATY: Eu sou uma festeira nata! Amo festejar e celebrar a vida, e o sangue de empreender é de família. Eu sempre soube que queria atuar com festas só não sabia com que nicho, nem quando e nem onde. Até eu conhecer o mundo de papelaria eu já havia empreendido em 7 outros negócios, e nenhum deu certo (ou eu não esperei "dar certo") . Então em 2014 minha filha caçula nasceu, e eu não queria de jeito nenhum voltar pro mercado de trabalho, e pensei muito em um negócio que eu conseguisse conciliar uma renda com a maternidade. Com isso, em 2015, com os preparativos do primeiro ano da minha filha Isabella, eu estudei muito para aprender tudo o que eu pudesse e preparar os personalizados da festa dela. Foi a minha porta de entrada pra esse mundo mágico e que me trás tantas realizações.
O primeiro ano, foi um ano de auto-superação, pois eu tinha uma bebê em casa, tarefas domésticas e tinha que pagar todo o maquinário que eu investi com o cartão da minha mãe emprestado. Foi um ano de muuuuito estudo, de muito trabalho - virava muitas noites - e de muito auto-conhecimento. Esse primeiro ano eu digo que foi o momento de eu saber se eu realmente queria seguir nesse ramo, porque tive muitos motivos pra desistir... e graças a Deus, nenhum deles foi por falta de pedido.. e sim pela fadiga do excesso de pedido e minha completa falta de organização.
F: Qual área é a sua especialidade?
N: Na Artes e Tal, minha empresa de papelaria personalizada, nosso nicho são as festas infantis.
F: Qual é o seu produto mais vendido?
N: As caixas básicas e tradicionais: caixa milk, caixa sushi, caixa bis duplo e um produto que foi criado exclusivamente pela Artes e Tal, que é o convite livro. Esses modelos são nossos carros chefe.
F: Quando foi que decidiu ministrar aulas e como foi seu primeiro curso?
N: Com o crescimento e reconhecimento da Artes e Tal, a marca teve um boom no ano de 2017 e muitos profissionais da área começavam a me perguntar como eu fazia isso e aquilo e me pediam cursos. Eu nem sabia que eu sabia ensinar (rs). E para eu entender esse mercado e essa demanda, no final de 2017, eu comecei a dar aulas particulares, e mais uma fase de autoconhecimento, e com isso me senti mais segura e confiante em ministrar cursos.
Meu primeiro curso foi lançado em abril de 2018, e em seguida lancei mais dois cursos online e 2 turmas presenciais, e tive um retorno muito além das minhas expectativas.
Nesse ano de 2019, lancei um curso voltado a vendas e também tivemos a ousadia de promover o maior evento de papelaria personalizada do Brasil, o Congresso Papelando, que contou com mais de 120 empreendedoras criativas.
Hoje, a Papelando com a Naty, que é o braço educacional da Artes e Tal, tem mais de 1200 alunas espalhadas pelo mundo, com apenas 1 ano e 7 meses.
E o melhor disso tudo é ver a satisfação de cada uma das alunas, em poder aplicar as técnicas criadas por mim, e verem os seus negócios criativos ter mais reconhecimento pelas suas clientes.
F: Como você faz para gerenciar seu tempo se dividir entre a produção de conteúdo com a produção dos cursos e as encomendas que surgem na loja?
N: Hoje eu tenho uma equipe por trás de tudo, então tive que aprender a delegar na raça. Fechei o ano de 2018 com 0 funcionários, era eu que fazia tudo sozinha, e percebi que pra eu crescer eu precisava contratar.
Esse ano estamos com 4 pessoas fixas na equipe, 3 pessoas externas que cuidam do meu marketing e edição de vídeos, e esporadicamente contratamos free lancers, quando a produção fica numa pegada maior.
E ainda assim, eu tenho uma demanda de tarefas enorme, além de continuar me dividindo entre empresa, maternidade, tarefas de casa, vida social, etc...
Pra isso, eu realmente sou chata. Todo domingo, ou no máximo segunda pela manhã, vejo minha agenda, e faço uma lista de tarefas diárias e definidas por horário para que eu evite procrastinar, e tento seguir ao máximo esse cronograma. Eu entendo muito bem minha rotina: sei os horários que eu preciso parar para tratar de assuntos pessoais (por exemplo, almoço e levar/buscar minha caçula na escola) e sei o meu horário de trabalho.
Pra que eu consiga dar conta de todas essas tarefas do meu dia a dia, eu levanto as 6hs da manhã, inicio minhas atividades às 7hs e eu termino por volta das 21/22hs. A carga horário é extensa, mas eu tenho tanto amor pelo que faço, que sinceramente, não sinto.
Para produção de conteúdo, eu me planejo 1 ou 2 vezes no mês para planejar todo o conteúdo e criar as artes, conteúdo escrito, em áudio e em vídeo (pois tenho conteúdos no feed, no IGTV, no Youtube e na lista VIP do Telegram que são dicas em áudios que chamamos carinhosamente de Naty Cast). E com isso, eu já tudo de uma vez e agendo as postagens.
F: Como foi que você você descobriu que poderia ser grande?
N: Eu sou a filha mais velha de 3 irmãs e minha mãe sempre me cobrou muito para que eu fosse a melhor em tudo o que fizesse. E não me entenda mal, não por arrogância e de me achar superior à ninguém, e sim de sempre dar o meu máximo, o meu melhor, em tudo!
E no meu próprio negócio não foi diferente. Sempre dei meu máximo, ultrapassava meus limites e me cobrava e me cobro demais. E eu entendo que muitas pessoas não acreditam em negócios "artesanais" porque acham que é um hobby. Mas esse negócio artesanal, com muito empenho, muito trabalho, pode sim ser um negócio altamente rentável e não somente uma renda extra. Eu conquistei isso, e sei o caminho pra isso. E eu quero ser cada vez maior!
F: Esse ano você realizou o seu primeiro congresso, como foi o processo?
N: A virada do ano foi um momento de muita reflexão pra mim, e eu mentalizei tudo o que eu queria conquistar em 2019. Um evento desse porte foi uma dessas idéias. Mas rapidamente eu descartei ela da minha mente, por medo. Medo de não conseguir, sozinha, promover um evento desse porte, medo de pensar que as pessoas não viriam para me ver falar sobre empreendedorismo.. enfim, muitos medos me aterrorizaram.
E fiquei com esse medo ali, dentro de mim. Até que faltando 2 meses para a mega artesanal 2019, essa vontade veio com a mesma força que na virada do ano. E, meu marido, que me ajuda demais no meu negócio e nas estratégias da empresa, disse que iriamos fazer SIM esse evento. E que ele seria o MAIOR evento do ramo.
Começamos a correr contra o tempo, entre buscar todos os fornecedores, palestrantes, vender ... foi uma loucura total! Em determinado (s) momento eu pensei: pra quê eu fui inventar isso! rs
Sair da nossa zona de conforto, dói! Mas os resultados disso, são extremamente gratificante.
Ter promovido e estar em um evento desse porte, foi algo surreal pra mim. Um sonho que eu sempre tive, e isso foi anos antes de nem imaginar existir a Artes e Tal ou a Papelando com a Naty. Sempre me imaginei palestrando e ajudando a mudar vidas de muitas pessoas.
Demorei 33 anos para isso, e para descobrir o que, nenhuma das duas faculdades que eu já fiz, me trouxe: a felicidade e o preenchimento de um vazio chamado "o que eu quero ser quando crescer".
F: Você acha que a papelaria personalizada é capaz de mudar a vida da mulher?
N: Eu não só acho, como tenho certeza! O tanto de depoimento que recebo diariamente, de mulheres que não acreditavam em si mesmas, que não tinham apoio de pessoas importantes como marido, mãe... e hoje veem seus negócios tomando forma, se tornando uma empresa de verdade, graças ao que eu compartilho diariamente com elas.
E não digo isso somente para papelaria personalizada, não. O artesanato de maneira geral, é algo que além de muito gratificante, é muito rentável, se você vislumbrar ele como negócio.
F: Que conselho que você gostaria de ter recebido no início da sua carreira?
N: Não ache que será fácil, o caminho é longo, difícil e terá muitas tempestades. Mas a recompensa virá.
F: Quais serão os seus próximos passos dentro do mercado?
N: Minha mente simplesmente não pára. Tenho inúmeros projetos para minhas duas empresas. Um deles ainda é segredo, mas que logo no início de 2020 eu irei revelar, e que certamente será mais um marco no mercado de papelaria. Algo inovador e que ainda não foi feito por ninguém.
Outro projeto e esse todos já sabem, será o Congresso Papelando, que será ainda maior, com conteúdos totalmente diferentes dos que foram apresentados esse ano, com mais palestrantes, e serão 2 dias de eventos. Aguardem, porque o que foi bom será ainda MELHOR!
F: Como a proposta da Foison se Encaixa no Seu Estilo de Vida?
N: Eu conheci a foison somente esse ano... e confesso que nunca tive coragem de trocar a minha plotter anterior, por medo de não saber manusear, de não encontrar tutoriais facilmente.
E quando eu vi uma máquina robusta, com uma velocidade surpreendente, e um canal no youtube promovido pela própria empresa, ensinando tudo o que eu precisava saber para manuseá-la, me enchi de coragem.
Hoje, a foison substituiu minhas outras 3 máquinas, e me dá possibilidade de crescer minha produção da Artes e Tal, sem medo.
F: Quais são seus próximos passos com a Foison?
N: A Foison me deu novas visões de mercado! Como por exemplo a cartonagem e papelaria de casamento. Isso porque ela tem a base A2+ e a A1 que me possibilita fazer os cortes maiores em peças mais robustas que esse mercado de cartonagem e casamento, possuem.
Acompanhe o trabalho da Naty: